Peleia

Foi chegando para um baile certa vez, curioso como só, naquela noite de primavera via logo que coisa de gente direita não era, mas o vício nunca para e nem se ajeita. Parou o cavalo num galho de árvore ali perto e foi chegando devagar. Era assim desde pequeno. Em bruxas não acreditava, não brincava e nem andava prevenido, por conta disso havia tanta criança sem pai.

Foi chegando devagar, como se fosse convidado, olhava um ambiente fumaceado com um lustre bem no centro, que pra quem chegava de fora, mal se enxargava. Entrou e já passou a mão numa guria que cruzou a sua frente e saiu rodando perna entre a poeira e a fumaça. Morena lindassa, dessas que faz a noite imuninar, misto de diabo e santa. Se grudou na guria mais do que um carrapato e o gaiteiro que era um mulato que até dormindo tocava. E a gaita velha chorava e gemia, as vezes quase parava e de repente se acordava pra um vanerão puxado. E ali que não soltava aquele corpo moreno, sentia a pele macia e via o mundo pequeno entre dois olhos que pareciam flores.

Mas tudo que é bom se termina, dizia aquele ditado e ele que dançava feliz nos braços da doce guria, escutou de relance uma espécia de resmungo, que era do dono do local meio quieto num canto, só olhando espantado. E foi nisso que ele entrou no meio, pois era dele a morena, bufando e abrindo caminho como dono de tudo aquilo. Puxou o facão e quis lhe partir no meio de uma vez só, que se pega, estraga e tudo termina aqui. Conseguiu desviar na volta do braço, quase se atrapalhando por causa do pouco espaço, sentiu o calor do aço e o calor do aço arde, se levantou bem ligeiro por causa do desaforo.

Já vi tanta coisa feia nesse mundo que talvez quem leia nem acredite, mas me arrepia lembrar daquela peleia, pois vi brotar na cara, da boca até a orelha. O dono do local parecia um touro, mas touro também se ajoelha e cortado da boca até a orelha, amontou-se como couro fazendo daquilo um estouro que espantava a mulherada. Não há como retratar uma peleia dessas, com facas sendo afiadas e tiros de quarenta e quatro em cada canto da sala. Ainda mais com a velha gaita fazendo acompanhamento pro barulho das balas. É mulher que se escabela berrando porta afora, e aqueles que não se garantem vendo sangue sem mandam levanto tudo à frente.

Acreditava que morreria quando Deus quisesse e naquela bagunça toda de gente fugindo e bala zunindo, o gaiteiro alheio a tudo tocava uma dança e tanto, já quase dormindo. E assim foi, até perceber estar sem munição, analisou a situação, todos atirando contra si, percebendo que era o fim, não quis ficar pra semente, enquanto lhe esperavam nos fundos, saía pela porta da frente. E por aí correu pelo mato, debaixo do tiroteio ainda escutando o gaiteiro, cruzou o Rio Uruguai a nado e deixou esse fato esquecido no tempo.

Todos perguntam da morena toda vez que ele conta, mas considera uma desfeita que não consegue entender. Ele corria perigo naquela situação tremenda e só perguntam da guria. A guria nunca mais viu nas suas andanças por todo lado, talvez estivesse por aí ou talvez seja uma estrela que se banha nua nas águas do Uruguai.






Inspirado em BOCHINCHO de Jayme Caetano Braun!

SEVEN DAYS

Faltam sete dias.
04 de março de 2009.
O telefone não vai tocar.

Chamaram-me de "pedestal".
De súbito.
Me pegou surpreso e desprevinido.
Algo tão bom nunca pareceu tão real.

Creiam-me, vai acontecer.
Queixos cairão.
Será inexplicável.
Eu ei de sobreviver.

Ainda estou em êxtase.
Mal consigo raciocinar.
Faltam sete dias.

Enquanto isso na Globo.com...

_____________________________________

É a crise atingindo os famosos!

Tá explicado!

Ronaldinho Gaúcho é destaque na lista dos jogadores mais feios da história


Segundo uma lista divulgada pelo jornal inglês “The Sun”, o craque brasileiro Ronaldinho Gaúcho é o quarto jogador mais feio na história do futebol mundial. A publicação chega a chamar o jogador do Milan de dentuço e ironiza estilo do jogador como sendo único.


___________________________________


Agora eu entendo a notícia abaixo!


E você aí, achando que era culpa do Obama né???

Um coração...[2]

Nunca uma postagem pareceu fazer tanto sentido. Se lerem a postagem do dia 27/11/2008, logo abaixo dessa verão algo fictício, imaginário, irreal.

Mas parece que o mundo da fantasia andou se tornando vida real nesse domingo, 01. Aos desavisados ou que não sabem dessa informação, moro numa pacata cidade do Rio Grande do Sul. Serra Gaúcha, menos de 25 mil habitantes e tudo extramamente tranquilo. Aqui não há muros cercando as casas, muito menos grades em portas e janelas. É possível sair de uma danceteria às 05:00 da manhã e caminhar 25 minutos até em casa sem ser incomodado por alguma alma bêbada, isso se encontrar alguma alma na rua essa hora. A cidade é conhecida como Capital da Hospitalidade e eu não nego o título, afinal seja você quem for é bem recebido por aqui.

Contudo, volta e meia algo sombrio resolvo atacar por essas bandas. Foi assim quando em 2001 ou 2002 uma briga numa danceteria acabou com a vida de um jovem. O irmão da vítima, revoltado, foi na mesma noite até a danceteria e disparou tiros pra onde apontasse o nariz. Acabou acertando 2 inocentes. Um levente no braço e outro com 2 tiros a queima roupa, que tirariam mais uma vida.

Algum tempo depois, em 2003, outro jovem invadiu a barbearia de um idoso anunciando um assalto. O senhor, já com mais de 60 anos, trabalhando, virou-se para ver o que se passava e por estar com seu intrumento de trabalho na mão, acabou atingido fatalmente. Era uma sexta-feira a tarde. Na madrugada seguinte, esse mesmo rapaz que matou o idoso, desferiu 3 ou 4 tiros em direção a um carro que andava calmamente pelas ruas da cidade. Dizem que era briga antiga, mas com o motorista atingido, o carro andou cerca de 200 metros até perder o controle, subir a calçada e atropelhar mais inocentes que passavam por lá. Um deles acabou prensado contra a parede e faleceu na hora. 3 mortos. Um só dia.

Quando os momentos de calmaria pareciam fiéis a essa cidade, o terror volta a apavorar. Como eu disse no início, na noite desse domingo aconteceu algo parecido com o serial killer que eu havia citado aqui. Um homem, já com seus 36 anos matou namorada(21), sogra(39) e namorado da sogra(29) em frente a um clube local. Não satisfeito, seguiu cerca de 300 metros até a casa da família e matou sua cunhada(17), grávida, antes de cometer suicídio. 5 mortos em questão de minutos. A mãe e duas filhas. Um namorado que talvez não tivesse nada com algum possível motivo. Um louco doentio com uma arma na mão.


Não foram 7 vítimas como eu havia dito, ele não confessou nada perante os amigos e talvez não tenha sido por causa de um coração partido. Mas pra uma cidade do tamanho dessa, a tensão e o medo tomam conta!

Olá nobres criaturas.

Voltei com o blog e pretendo continuar escrevendo algumas coisas. Abaixo vocês já podem conferir algo sobre cinema e em breve deve vir mais.

Enfim, começou 2009.
Vamo que vamo!


Hasta la vista!

Angels & Demons

Robert Langdon(Ton Hanks) volta a ativa em mais um aventura baseada em um best-seller de Dan Brown. Novamente dirigido por Ron Howard (diretor de O Código da Vinci), Anjos e Demônios mostra a primeira aventura de Langdon, dessa vez não mais em Paris e sim no próprio Vaticano.

Considerado inimigo do Vaticano até então, Langdon é chamado para desvendar alguns códigos de uma sociedade chamada "Illuminati" e que tem o plano de destruir o santuário cristão.
Apesar de o livro(que eu não li) mostrar essa aventura como sendo o primeiro trabalho do personagem, o filme demonstra ser uma sequencia de O Código da Vinci, dessa vez abordando questões de Galileu Galilei, assim como foram abordadas as de Leonardo no filme anterior.

É esperar pra ver. 15 de maio nos cinemas. A quem interessar, pode assistir o trailer, clicando aqui.